quarta-feira, 29 de maio de 2013

O consumismo

A necessidade de comprar está sendo mais forte que saber se é realmente isso que se quer comprar


Não é novidade para ninguém o fato de que nos dias de hoje consumir é a palavra de ordem. Estamos mais preocupados em consumir do que se informar a respeito do quê estamos consumindo e se o que estamos consumindo realmente é necessário. Esse é o século XXI, o século do consumo.

Já se tornou rotina vermos em qualquer forma de mídia propagandas indicando produtos para que compremos, independentemente desse produto ser útil ou não. O poder de alienação que a mídia possui, principalmente os canais de rede de tv aberta, chega a assustar. Algumas pessoas acabam comprando o produto que está sendo massivamente difundido na tv simplesmente para ter o prazer de ter aquele produto, ou seja, não importa a sua necessidade, o que está importando ultimamente para algumas pessoas é simplesmente o fato de poder ter aquele determinado produto. Além do mais, essa moda de sair comprando o que achar bonito e da moda não é bom negócio quando compramos pertences que não possuímos condições de pagar. Não é atoa que o brasileiro é um dos maiores endividados em todo mundo.

Entretanto, não podemos esquecer dos benefícios que o consumismo pode trazer para a sociedade. Nem todo mundo que sai por ai comprando não tem condições de pagar, existem também muitos bons pagadores e com isso temos o surgimento da famigerada questão da geração de emprego e renda. Comprando mais, vende-se mais e contrata-se mais para dar conta da crescente demanda. Agora, paremos para pensar por um instante: Todo mundo que consome, seja lá o que for, possui esse poder? É claro que não. A falta de educação financeira das pessoas faz com que elas não ajudem a movimentar o mercado, mas sim acabam prejudicando a si mesmas repletas de dívidas de produtos que muitas vezes são supérfluos. Você não precisa trocar o celular, o carro, a moto todo ano, e se for financiar ai é que não precisa mesmo. Mas e o status, onde fica? Esse é o problema, as pessoas querem ter o que não podem, ou o que pensa que podem.

Lembremos também da pequena parcela dos bons consumidores, ou seja, daqueles que antes de sair comprando algo, param um pouco pra pensar na questão  da necessidade de se adquirir isto ou aquilo. Esse comportamento deveria ser o padrão, mas infelizmente notamos que não é bem assim que as coisas funcionam.

Pesquisar antes de decidir adquirir algo é sem sombra de dúvidas o ideal a se fazer. Antes de querer comprar algo, por que não pensa um pouco a respeito da necessidade de se adquirir isso que você tanto quer? Analise a questão para que você saia no lucro, e não no prejuízo.

Comprar é bom, e quando sabemos da necessidade de se adquirir algo é melhor ainda. Não há nada tão digno de pena quanto pessoas que compram simplesmente por gostar de comprar ou então por estarem alienadas pela mídia. Não esqueça que o que mais tem por ai são propagandas enganosas, não vá cair em alguma delas!



quinta-feira, 4 de abril de 2013

Jornalismo? Para quem?

 A modernização que se processa em terras brasileiras desde a última metade do século passado tem exigido uma estrutura educacional formal capaz de preparar profissionais que correspondam à expectativa de uma economia que se torna cada vez mais dinâmica e robusta. A sofisticação da economia nacional tem sido acompanhada pela proliferação de instituições de ensino básico e de ensino superior no imenso território nacional e criou uma população com níveis de instrução bem superiores àqueles encontrados em outras épocas da história do país. Embora seja habitado por uma população intelectualmente mais madura, o Brasil possui uma imprensa composta por inúmeros indivíduos que parecem atuar no cenário do Brasil colônia. 


 Esses indivíduos parecem se fortificar nos estados e nos municípios menos modernos do país, realizando um trabalho que dá claros sinais de que está sendo conduzido mais pelas vísceras e menos pelo cérebro. A leitura da grande maioria dos textos jornalísticos impressos ou virtuais em Itabaiana e a audição dos programas de rádio neste mesmo município, por exemplo, exigem de nós um enorme exercício de paciência mesmo quando destinamos alguns segundos do nosso tempo para fazê-las.

 Textos de revistas e jornais (impressos e virtuais) e os brados dos apresentadores de jornais nas emissoras de rádio deixam transparecer uma forte negligência relacionada às regras básicas da língua portuguesa e a escassez de conhecimento acerca dos fatos tratados. Os programas de rádio já aguçam a nossa impaciência com os berros dos seus apresentadores ao longo de duas ou três horas seguidas. A impaciência fica mais vigorosa quando as notícias sobre violência ocupam considerável espaço e é divulgado o número de mortos com a descrição minuciosa e tenebrosa das condições físicas do assassinado. A impaciência, parceira mais fiel do ouvinte desse jornalismo, parece tomar conta do cérebro e de todo o corpo quando ocorrem as brincadeiras e as gargalhadas que se seguem à notícia sobre violência ou qualquer outra coisa séria que tenha sido tratada pela equipe do jornal. É bom destacar que as brincadeiras e as gargalhadas não têm vínculo com as notícias trágicas e sérias, mas são no mínimo inconvenientes quando considerada a sequência dos fatos apresentados.

 Por fim, a impaciência chega a subjugar a alma do ouvinte quando apresentador e (quando existem) repórteres do jornal manifestam seus julgamentos fundados em elementos que estão infinitamente distantes da sensatez e da ciência. Se os jornais das emissoras de rádio itabaianenses despertam a impaciência do ouvinte por tudo o que foi dito acima, os textos jornalísticos impressos e virtuais põem o leitor cada vez mais distante da serenidade e da paciência devido ao evidente desconhecimento dos autores sobre o objeto tratado. Os textos são minúsculos, descuidados e, mesmo quando os seus autores pretendem acusar ou defender alguém ou alguma instituição, quando buscam polemizar algo ou quando tratam dos episódios violentos, estão milimetricamente próximos do vazio.
É indiscutível o aumento do nível de escolaridade da população brasileira ocorrido nas últimas décadas, como é também inquestionável a necessidade da gestação de um jornalismo que se distancie do cenário do Brasil do século XVI e que respeite, considere e, portanto, se aproxime da realidade de um país povoado por uma população mais letrada que reúne competências para privilegiar um jornal mais distinto e mais qualificado.

Pedro Everton dos Santos (pevertongeo@bol.com.br) - Professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Ensino de Sergipe

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Trabalhar corretamente é sinônimo de bondade, em que mundo estamos vivendo?





Em nossa era contemporânea, vivenciamos a infelicidade de notar um comportamento que causa uma certa estranheza: Hoje em dia trabalhar corretamente é sinônimo de boa índole e  de bom caráter por parte de quem executa fielmente sua função na sociedade. Mas, espere ai... Isso não seria uma obrigação que todos que exercem cargo remunerado tem de fazer seu papel de forma íntegra e honesta? Então por que vivemos nesse endeusamento de quem faz o que seria, quer dizer, o que é uma obrigação que deve ser feita?

Com o passar do tempo nota-se que alguns valores antes tidos como básicos da fundamentação social estão se perdendo. E o pior disso é que eles estão se perdendo sem deixar de existir, todos sabem que os valores morais e éticos existem e estão ai para serem cumpridos, entretanto, estão cada vez mais perdendo espaço para uma sociedade obsoleta e demasiadamente individualista e egocêntrica por consequência. Essa individualização do ser, apesar de trazer coisas boas, trazem majoritariamente prejuízos para uma grande parcela da população. Vamos exemplificar para que tudo fique bem mais claro do que já está: Quando tratamos de maneira diferente, individual cada pessoa em um mesmo departamento priorizamos a manutenção da hierarquia naquele ambiente, mas também enfatizamos e diferença de valorização de quem ali está presente. Isso ocorre na questão salarial, é de ciência da grande maioria de nós cidadãos que um médico obviamente ganha mais que um técnico em enfermagem ou até mesmo um enfermeiro-chefe, salvaguardando raríssimas exceções. Logo, presumimos quase que instantaneamente que a função de um médico em um hospital deve ser mais importante do que a de um simples enfermeiro, o que acaba sendo verdade, mais uma vez guardando poucas exceções. 


Contudo, o que seria dos médicos sem a presença dos enfermeiros no ambiente hospitalar? E o que seria dos enfermeiros sem médicos para dar o parecer sobre o tipo de cirurgia que um paciente que acaba de chegar no pronto de socorro deve ser submetido? Ou seja, cada um tem sua importância em sua determinada área de atuação, cabendo assim um pequeno julgamento de quem ganha mais do que quem de acordo com o grau de atuação no caso, até aqui tudo bem pois essa é a ordem normal das "coisas" das quais somos ensinados desde criança a entender e fazer parte desse sistema.

Não obstante, podemos então fazer uma breve conclusão: Que cada determinante no meio social tem sua importância desde que sua tarefa seja cumprida de forma idônea, correta, justa e honesta. O fato de João ganhar mais que Pedro por ele ser médico não significa somente pelo fato de João ter feito medicina e Pedro não, mas sim pelo fato de que a função desempenhada pelo João é ligeiramente mais importante que a de Pedro em relação ao fator de risco das situações que ocorrem no Hospital, enquanto um enfermeiro participa de forma indireta a ação, é o médico que exerce o papel de agente ativo de tudo, sendo muitas das vezes o responsável pela manutenção da vida dos pacientes na mesa de cirurgia.

 Por tanto, o médico ganha mais porque ele tem uma função de alto risco que admite quase que nenhum erro, ele deve sempre beirar a perfeição, afinal ninguém cai no bisturi já sabendo que vai morrer mas sim pela esperança de manter-se vivo.

E é ai que surge nosso probleminha. Se o paciente sai da mesa de cirurgia curado ele agradece de forma reverencial à pessoa que o salvou, no caso o médico, sendo que ele não estava fazendo nada mais que sua obrigação como operante da medicina, foi isso que ele disse em seu juramento durante a colação de grau. Tudo bem que isso também pode ser entendido como uma forma gentil e educada de agradecer ao responsável por conseguir te deixar vivo, mas há alguns que simplesmente inflam o ego quando são bem-sucedidos na operação feita. Entretanto, não sentem o oposto dessa felicidade toda, pelo menos aparentemente, quando falham e acabam sendo os principais causadores da morte de uma pessoa. Mas por que? Isso vai de cada um, é o bom e velho peso na consciência que acaba pesando somente em quem a tem, sendo assim somente nos bons exercedores da profissão, pois do mesmo jeito que existem os carniceiros, existem os que tem orgulho do que fazem, independentemente da área que exercem.


Pois bem, a partir do momento em que há reverência de forma exagerada, surge também a possibilidade de críticas tão exageradas quanto os elogios no momento em que o ser humano por trás do médico comete uma falha, o que é normal afinal todo ser humano está sujeito a falhar em alguma situação que muitas vezes não admitem que isso aconteça, mas que infelizmente acontece. E foi assim que surgiu a comoção nacional e a consequente onda de ódio contra a médica que está sendo investigada sobre a acusação de escolher pacientes para morrer em plena UTI. Agora vamos pensar um pouco: Em que consiste essa formação de raiva generalizada por tantas pessoas de vários lugares do País? Isso mesmo, pela "crueldade" da Dr.ª em aplicar a eutanásia sem o consentimento do paciente que hipoteticamente estaria em estado terminal. Mas como será que um paciente salvo por essa mesma médica pensa sobre o assunto? Será que ele manifesta a mesma raiva que o pessoal do País está manifestando? Ele por estar salvo não seria a prova de que essa investigação seria infundada?

Não estamos pensando na hipótese de tudo ser um mal entendido, já estamos apontando o dedo antes da hora. Mas e se ela estivesse de fato errada? E se ela realmente escolhesse quem iria salvar naquela UTI? E se ela não pudesse salvar duas pessoas ao mesmo tempo e tivesse que subitamente escolher quem salvar ou não? E se o preparo físico e mental da médica não estivesse suportando ver tanta gente sofrer sabendo que ela poderia abreviar tudo isso? E se? 

Tudo isso que estamos presenciando não passa de uma ação já esperada por parte da sociedade. Do mesmo jeito que ela sabe aplaudir de pé o que não deveria ser aplaudido com tanta irreverência, ela sabe puxar o tapete da cena antes mesmo dessa cena acabar, indícios são suficientes para isso. Falta paciência nos corações iludidos, falta valorizar o bom e velho casal da moral e ética, falta ver o ser humano como ser humano, falta diferenciar o erro da monstruosidade. E falta punir de forma severa aqueles que não fazem o exercício ao qual são obrigados a fazer, e sem permissão de recurso.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Violência Sexual contra menores

Violência sexual: como poderemos proteger nossas crianças dos abusos sexuais?

Já não é mais novidade ouvir falar nos meios de comunicação as notícias sobre os abusos contra menores. A violência sexual nunca deixou de existir, há séculos que sabemos deste grande perigo recorrente em toda sociedade. Mas como fazer para evitar esse problema social? Mesmo possuindo a marca de “um país em desenvolvimento” o Brasil pode ser considerado um dos mais perigosos quando relacionado com a violência sexual em crianças de até 9 anos, que de acordo com o site de notícias TERRA é o segundo maior tipo de abuso de força característico desta faixa etária, ficando pouco atrás apenas das notificações de negligência e abandono. A conclusão é de um levantamento inédito do Ministério da Saúde, que registrou 14.625 notificações de violência doméstica, sexual, física e outras agressões contra crianças menores de dez anos em 2011. E ainda hoje essa estatística só faz crescer. Os absurdos impressionam e cada vez mais perdemos a confiança nas pessoas desconhecidas e até das conhecidas, afinal, a violência não acontece somente fora de casa. No próprio âmbito familiar nossas crianças podem está sujeitas a qualquer tipo de violência e sobre esse assunto não é necessário exemplos para comprovar, os horrores já marcam por si só as memórias de quem escuta ou presencia tais banalidades.

Como poderemos defender a proteção aos menores se não sabemos em quem confiar hoje em dia? Em casa, na escola, numa praça, na igreja, em casas de colegas, em encontros marcados com desconhecidos via internet, na rua, em festas ou em qualquer outro lugar pode existir algum ato violento de abuso. Em quem podemos confiar em deixar nossos futuros filhos? Como saber se a criança sofre algum tipo de abuso se o constrangimento e a vergonha toma conta da mente da criança? E as ameaças? O receio? O medo? A dor? Como resolver tudo isso? Prender o acusado resolve totalmente o problema? Estas são perguntas muito complexas para definir em poucas palavras, mas de uma coisa posso afirmar: apagar todo o sofrimento vivenciado pelos menores não é tão fácil, talvez seja até impossível. Mas como “brasileiro não desisti nunca” ficamos todos na esperança de que um dia esse problema social seja resolvido, não sei qual o método que melhor acabaria com tal violência. Vamos ficar na expectativa. Nos perguntando! Até quando meu Deus! Até quando?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Solidariedade: Livre escolha ou dever?


O sentimento solidário é algo que enobrece e engrandece a sociedade e seus cidadãos. Ser solidário não é simplesmente ajudar alguém necessitado, mas sim ter a consciência de que essa ajuda não é um favor e sim uma nobre obrigação.

Em uma sociedade cada vez mais desigual, dar a mão ao próximo tornou-se um ato de heroísmo. Com o mercado de trabalho afunilando e com as diferenças socioeconômicas ampliando, poucas pessoas conseguem visualizar seu semelhante como um amigo, e pouquíssimas se veem na obrigação de ajudar quem ficou para trás. Assim, quem ajuda alguém em meio ao individualismo social é visto, merecidamente, como herói.

Outrossim, é preciso diferenciar solidariedade de assistencialismo. Ser assistencialista é ajudar sem boa vontade porque alguém o obrigou a fazer isso. Além disso, essa ajuda é momentânea e não se perpetua no cotidiano do assistente. Já ser solidário é bem diferente, nesse caso não é necessário que alguém peça ajuda, mas ajudar a quem precisa espontaneamente por questão de consciência é algo rotineiro. Aliás, "repartir o pão" com o próximo sempre que for possível é a maior atitude solidária que alguém pode tomar.

Além disso, as formas de combater a desigualdade são muitas. Desigualdade e necessidade não se resumem apenas na questão financeira, mas também educacional, sentimental e afins. Pode-se ser solidário através de gestos simples como um abraço consolador ou também concedendo à população carente um sistema educacional público eficaz através do voto consciente nos bons administradores do poder público.

A solidariedade é uma obrigação na qual deve-se ter orgulho em cumpri-la. Além do mais, até um simples abraço é uma manifestação solidária. A solução é apelar para o bom senso para que não seja necessário colocar a solidariedade na lista de impostos.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Na onda da marolinha

Ameaça de demissão massiva na General Motors (GM) mostra que a
Crise Mundial chega cada vez com mais força ao país.

Unidade de montagem veicular de São José dos Campos (SP) pode ser fechada, o que colocaria 1800 trabalhadores na rua e mostraria o total descaso das multinacionais com os trabalhadores brasileiros.


Um fato que merece ser levado em conta é que a GM recebe milhões de reais em incentivo fiscal, e os bilhões que tem de lucro são quase todos enviados para a sua matriz nos EUA, ou seja, a montadora explora o potencial brasileiro em troca de nada.

Qual a importância de saber disso? As concessões não são de mão beijada. A GM recebeu elas do governo federal, que tem meios agora de impedir a demissão dos trabalhadores, em troca de suspender esses benefícios, mas não o faz. Pergunta-se: Por quê? Vale informar que a General Motors foi uma das maiores - senão a principal - financiadora da campanha eleitoral de Dilma em 2010.

Agora a montadora, que produz com inúmeros benefícios em nosso país, e neste mesmo país vende os veículos mais caros do mundo, mostra uma total irresponsabilidade com seus funcionários, e quer descontar aqui - onde possui sua maior margem de lucro - os prejuízos da crise financeira que se alastra pelo globo.

Até quando o Brasil vai ficar aberto para o uso livre de multinacionais, dando concessões bilionárias e deixando desprotegidos os seus trabalhadores, o seu povo?

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A viabilidade de um mundo de paz

Oppa!
       

Atualmente a guerra de egos impera sobre a sociedade. A presença da paz nesse meio extremamente competitivo é necessária para manter o bem-estar dos cidadãos que são obrigados a  viver nessa lide constante.

       Quanto mais poder alguém demonstrar que tem sobre seu(s) semelhante(s) melhor, essa é a guerra de egos. Não basta ter mais, é preciso demonstrar que está acima de algo ou alguém para finalmente conseguir alcançar a paz. Um bom exemplo disso foi a guerra que os Estados Unidos declararam ao Iraque, onde os E.U.A. e companhia praticamente destruíram toda uma nação com o argumento de que isso seria para a segurança mundial, quando só buscaram prestígio no cenário internacional.

       A dificuldade de haver paz em toda a sua plenitude ocorre pelo fato de que, para que alguém esteja bem, outro alguém não deve estar. Por exemplo, para que pessoas estejam confortadas diante de uma chaminé em um longo dia de inverno, o carvão teve que ser retirado da natureza, o que pode ocasionar problemas ambientais como o empobrecimento do solo, o que acarreta problemas para os agricultores locais.

        Além disso, a preservação da estabilidade dos indivíduos muitas vezes exige que a paz de alguém seja perturbada. Se um chefe de escritório quer ficar em paz com seus clientes e atender seus pedidos em dia, ele irá dobrar as tarefas de seus funcionários para que todos os pedidos sejam cumpridos. E para isso foi necessário diminuir o horário de almoço dos empregados..

       É praticamente inviável manter a paz sem trazer prejuízo para algo ou alguém. É necessário prestar mais atenção no próximo e nos prejuízos que ele sofrerá para que a paz reine. Talvez o conceito de paz seja relativo, e essa relatividade é a solução para o fim da lide Paz X Infelicidade alheia.

Relato de um ser culturalmente desindustrializado

De repente ouço um grito: Sou um excluído!
Respondo em igual tom, questionando: Por quê?

E eis que, devagar e baixinho, vem a resposta:
Enquanto a mídia e os sons automotivos cercados por corpos seminus deliciam-se com seus pagodes e sertanejos universitários – que, diga-se de passagem, não foram criados nem no sertão e muito menos na universidade – sinto-me um ser estranho quando, por provocação, admito, toco os clássicos do rock internacional no fundo de um ônibus lotado ao meio-dia, e todas aquelas 70 cabeças se voltam horrorizadas na mesma direção para onde há cinco minutos tocava um funk pornográfico sem incomodar a ninguém.

Saindo do exemplo e entrando na discussão, o argumento que mais utilizam para tentar me fazer aceitar a música que todos ouvem, é o fato de rock internacional não ser compreensível; e com isso, além de ignorar o fato de que eu posso perfeitamente buscar entender tais letras, eles ignoram também a completa falta de conteúdo compreensível do “tchê rêrê tchêtchê” ou do “oi, oi, oi, dança kuduro”.

Outros afirmam que devemos valorizar o que é nacional, e isto chega a ser patético, sim, pois a boca de pertence a um corpo totalmente coberto por marcas estrangeiras. Contradição óbvia.

Com estes elementos, o que gostaria de demonstrar é que hoje em dia a industrialização cultural e a massificação dos gostos atingiu um patamar tão elevado, que não apenas a “cultura” é vendida ao público, mas também todo um leque de argumentos supostamente incontestáveis para admirar tal cultura, pois além de todos ouvirem a mesma música, todos tem a mesma motivação para isto, bem como para evitar, ou até mesmo ridicularizar, tudo que escapa aos seus determinismos.

A cultura para massa adquiriu quase que consciência própria, se tornou auto eficiente a partir do momento em que foram criadas razões que sustentam o seu alienado consumo, levando a que as pessoas sequer se proponham a experimentar outros gostos, que não o da maioria, por medo de serem ridicularizados, da mesma forma que eles próprios fazem com os demais.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

NOVAS TECNOLOGIAS

As novas tecnologias estão cada vez mais sendo utilizadas pelos jovens


As Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) são as tecnologias e os métodos para as pessoas se comunicarem por meio da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição das informações (texto, imagem estática, vídeo e som). Considera-se que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais) possibilitou o surgimento da "sociedade da informação". Alguns estudiosos já falam de sociedade do conhecimento para destacar o valor do capital humano na sociedade estruturada em redes telemáticas. Em pleno século XXI em virtude da modernidade e da globalização os meios de comunicação tornaram-se essenciais para a obtenção de informação, a novidade é que a era da informática, dos computadores, celulares, câmeras fotográficas, pendrives e acesso à internet despertou a curiosidade dos jovens em se comunicar, em obter informações para poder ficar “antenado” em tudo o que acontece no mundo atual.
  Com todo esse avanço tecnológico é possível perceber que o público mais fiel na utilização dos aparelhos eletrônicos e tecnológicos é o jovem. Atualmente é difícil encontrar uma criança que não possua um celular, ou não tenha acesso à internet. O que antes se tornava quase que impossível hoje se torna real: as novas tecnologias são manuseadas com total facilidade até pelas crianças e pelos os adolescentes.  As redes sociais, utilizadas frequentemente nos celulares, tablets, notebook, computadores e Iphone estão se tornando o elo principal dos jovens com o mundo da tecnologia e da informação.

Apesar de toda a facilidade de acesso à internet e à informação, esse uso frequente pode gerar muitos transtornos, afinal, é difícil prever o impacto que essas tecnologias geram na vida social da população jovem. Podem ocorrer uma diminuição da prática de leitura e ainda reduzir as amizades e o contato físico com outras pessoas, isto é, o mundo dos jovens está tão virtual que eles podem esquecer da vida social na sua naturalidade. Por outro lado, muitas escolas já começaram a se adaptar com o meio tecnológico para incorporar a tecnologia à educação dos alunos.

Por Fernanda Sales